“Criança, a alma do negócio” em Campinas

Já faz tempo que eu queria assistir o documentário “Criança, a alma do negócio”, e agora haverá exibição em Campinas e eu não vou perder.

Para quem não conhece, o documentário “Criança, a alma do negócio”, dirigido pela Estela Renner, levanta diversas questões relacionadas à publicidade infantil e os impactos dela para a formação das crianças.

Eu, como publicitário, não apoio de modo algum a publicidade dirigida às crianças, é muito fácil criar um desejo nelas e incentivar elas a consumirem algo que não precisam.

Há uma parcela de culpa dos pais? Com certeza, quantos não compram brinquedos para “compensar” a ausência com os filhos ou para dar a eles o que não tiveram? E há também quem use a TV como babá.

Enfim. Quem quiser pensar um pouquinho nesses temas não pode perder o Cine Debate. Ele será realizado quarta-feira, dia 28 de março, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi Campinas. A exibição do documentário começará às 19h, e após ela, haverá debate com a psicanalista Ana Olmos e a doutora em psicologia Adriana Braga.

Veja abaixo o trailer de “Criança, a alma do negócio”:

Recomendo a todos que se interessam pelo assunto a acompanharem também o blog Consumismo e Infância. 🙂

6 respostas
  1. Ísis Rocha
    Ísis Rocha says:

    Programão, hein Rafa?!

    Tema super pertinente. Adorei! 🙂

    Parabéns pela coragem de "assumir", enquanto publicitário, que é contra esse sistema irresponsável de 'empurra produtos' nas crianças.

    É bem difícil para qualquer pai lidar com isso, até porque a publicidade para crianças nem sempre é escancarada. As campanhas cheias de sutilezas me deixam ainda mais cabreira.

    Acredito que para os pais profissionais da área é ainda mais difícil. Eu, enquanto 'marketeira', sou taxativa: Não concordo com campanhas agressivas, muito menos quando o público são os pequenos. Mas sou realista e sei que, com contas a pagar, nem sempre dá pra dizer "não faço isso".

    Nosso trabalho já é ingrato muitas vezes quando direcionado a adultos, como então criar desejos supérfluos em crianças e dormir em paz? É bem difícil.

    A solução? Continuar "militando" job após job pra mudar essa realidade.
    Acredito que profissionais que se importem de verdade com o alcance de seu trabalho têm o poder – e a responsabilidade – de fazer uma incrível diferença!

    Parabéns mais uma vez pela abordagem do tema!

    Beijoss

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  2. Carol
    Carol says:

    Agora to na maior dúvida se foi esse que vi na faculdade uma vez. Acho que sim.

    Complicado. As crianças piravam nos comerciais.

    Mas eu acho que nunca vai deixar de existir, agência nenhuma vai negar o job e ninguém vai virar e falar "não, não vou fazer".

    Muita coisa também poderia ser evitada se os pais dessem a educação necessária para seus filhos. É difícil? É sim, mas não acho que seja impossível.

    Bom, só vou poder falar quando tiver o meu. Daqui uns anos eu volto 😛

    Responder
  3. Rafael Noris
    Rafael Noris says:

    Eu acho que uma hora as empresas vão se tocar que conversar com os pais é muito melhor para as vendas e para o branding. Veja a Trakinas, por exemplo, que um tempo atrás criou um portal de conteúdo para os pais, achei aquilo fantástico!

    Acho que é nossa obrigação sempre propor isso, criar essa cultura, com certeza temos muitas barreiras, mas a luta vale a pena 🙂

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  4. Rafael Noris
    Rafael Noris says:

    É, não dá pra falar "não, não vou fazer", mas é bom apresentar algo diferente, mesmo porque quem entende de propaganda é a gente, por isso eles nos contratam.

    E com certeza a culpa é dos pais também, mas não temos o controle de tudo. Nem seria saudável que tivéssemos, tem coisa pior do que pais controladores?

    🙂

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