Sabe aquelas pranchas brancas com manchas pretas que psicólogos perguntam o que o outro vê ali? Pois bem, descobri hoje que o nome dessa técnica é Teste de Rorschach. Esse teste combina muito com uma atividade que tenho feito com o Miguel todo o Natal: desenhar o presente que ele quer ganhar.

Ano passado, eu o ajudei, fiz um desenho leve na folha e o mandei contornar ao seu modo. Mas esse ano eu quis deixar ele fazer sozinho e olha como saiu:

Desenho feito pelo Miguel #aos 4, para o Papai Noel.

Me diga o que você vê neste desenho e te direi quem és hahahahahaha

Que mês tem sido esse novembro, um rolo atrás de outro, mas ele já está no fim, então deixo pra lá que hoje o tema não é vida de cão, mas sim livro de gatos!

Ilustração de Fefê Torquato para o livro "Entre Arranhões e Lambidas", de Alvaro Posselt.

Nesse sétimo episódio do Leitura Compartilhada indicamos um lançamento do Alvaro Posselt, um professor, poeta e criador de felinos que nos conta o dia a dia de seus companheiros através de haicais de grande sensibilidade e bom humor. Acompanhando os poemas de “Entre Arranhões e Lambidas”, temos as ilustrações cheias de vida e igualmente sensíveis de Fefê Torquato.

Confira no vídeo abaixo o que achamos do livro:

Quer um exemplar? Entre em contato com o autor pelo Fb e adquira o seu autografado o/

Que me desculpem o título, mas já vou explicar antes que alguém o entenda literalmente.

Foto de criança com nariz de palhaço
Imagem com creative commons, tirada por Davidoff A

Hoje aconteceu mais uma edição do projeto “Sábado Feliz” aqui em Pedreira/SP, um evento gratuito cheio de brincadeiras, atividades, além de comes e bebes para a criançada. Dessa vez, a prefeitura o promoveu num circo instalado aqui, então fora tudo o que eu disse na frase anterior, também teve intervenções circenses.

Gostaria de falar como o evento foi legal e como o Miguel se divertiu, mas o que quero comentar é outro fato, que aconteceu com dois “trouxas”.

Eu estava na fila de algodão doce com meu filhote e ia começar um show de malabares, falei pra ele ir lá curtir que assim que eu pegasse o doce eu levaria pra ele. Infelizmente, perdi o show, quando peguei o algodão doce já havia terminado e começado outra atividade: a gincana da reciclagem.

O palhaço dividiu as crianças em duas turmas, meninos e meninas, quem conseguisse coletar mais plásticos e papéis ganharia. Foi lindo de ver todas as crianças empenhadas em limpar tudo e, claro, acabou num empate. Dava pra ver pelo sorriso de todos como eles estavam satisfeitos por terem juntado tudo.

Chamei o Miguel e fomos lá pra fila de um brinquedo, comentei sobre como era bacana o empate, porque no fim, todo mundo ganhou pelo lugar estar mais limpo (estava bem emporcalhado antes). Mas nisso ouvi uma mãe ao lado comentando com os seus dois filhos:

– Eles fizeram vocês de trouxas!

GENTE. Não.

As crianças se divertiram e limparam o local que elas e os pais delas sujaram. Isso não é ser trouxa, de jeito nenhum. É uma lição de cidadania em forma de brincadeira.

Se isso é ser trouxa então vamos fazer o favor de ensinar nossos filhos a serem trouxas e arrumarem a bagunça que fazem, porque do contrário vamos criar filhos espertos que fogem de quaisquer responsabilidades.

Na arte de educar uma criança, com certeza lidar com expectativa é um dos maiores desafios. Hoje eu falei sobre o assunto no blog Vida de Mãe, da Nestlé, e convido todo mundo a ler meu texto, onde relato a minha experiência de pai e também de filho.

Clique na imagem abaixo para ser redirecionado para o post:

ps: ao passarem por lá, não deixem de comentar e compartilhar suas vivências também ^^
Para descobrir texturas você precisará apenas de:

– um giz de cera
– um papel sulfite

Foto do Miguel, 4 anos, brincando de desenhar texturas

Com as armas em mãos, nessa manhã eu e o Miguel partimos numa aventura pela casa em busca de texturas, para ver, sentir e desenhar. É muito legal ver a curiosidade tátil das crianças, assim que eu expliquei o que é textura e o que faríamos, o Miguel saiu passando a mão em tudo o que via.

Folha, tronco de árvore, parede de concreto, piso, copiamos tudo. Infelizmente saímos apenas com giz preto e marrom, pois nossa cachorra Lola comeu todos os outros ¬¬, aposto que ficaria ainda mais lindo colorido.

Folha com texturas que fiz com meu filho

Mais do que recomendo essa brincadeira simples, são 15 minutos de pura descoberta 🙂

“Saci or not saci, that is the question”
Shakespeare

Por costume, hoje é comemorado o Halloween no mundo inteiro, por decreto, comemoramos o Dia do Saci no Brasil. Como vocês lidam com isso em casa?

Foto: Mauricio Melo. Image do site Educar para Crescer

Alguns dos meus leitores devem saber que eu tenho uma loja de terror, com livros infantis de lendas do folclore nacional e outras criaturas fantásticas. Não preciso reforçar o Dia do Saci porque aqui ele é valorizado naturalmente. E não preciso falar de vampiros, lobisomens e bruxas hoje porque é algo comum para nós também.

Então, afinal de contas, o que eu acho dessas duas datas? 

Vejo muita gente discutindo à toa, “ai, porque Halloween não é uma data brasileira“, “ai, costume besta americano“, “temos que valorizar a nossa cultura” ou “que graça tem o Saci?“, “não tem o que comemorar, lendas brasileiras são chatas“. Eu digo apenas um alto “AFF” para isso. Uma comemoração não exclui outra. e as duas tem muitas coisas legais, mas infelizmente são mal-exploradas por aqui. Ah, vale lembrar que Halloween tem origem europeia, e não norte americana.

Acho que devíamos falar de lendas como falamos de contos de fadas, são histórias fantásticas que tem o poder de assustar e encantar a todos. Assim talvez não precisássemos ter um Dia do Saci no dia 31 de outubro. Quem sabe não teríamos crianças vestidas de Cuca, Labatut, Curupira, Mapinguari, junto com monstros famosos de outros lugares do mundo 🙂

Miguel se fantasiou de zumbi para o Halloween na escola
Miguel pra festinha de Halloween da escolinha. Foi de morto-vivo, que não é norte americano, nem brasileiro, é mais antigo e sem origem claramente definida.

Eu acho que nossos monstros não são MAIS legais que os monstros importados, nossas festas não são melhores que as de fora. Nossos monstros são tão legais QUANTO os importados e nossas festas são tão divertidas quanto as de fora. Há uma diferença importante aí.

Tem gente que curte histórias de lobisomem, mas será que já ouviram falar do capelobo? Lá fora tem a lenda do cavaleiro sem cabeça, aqui temos uma mula sem cabeça. Na Europa, o Puck é conhecido, um elfo travesso com aparição em obra de Shakespeare, aqui temos o Saci, tão sapeca quanto. O cruel Vlad Tepes depois de morto assombrou as pessoas como vampiro, o cruel General Labatut depois de morto continuou assombrando o povo na forma de monstro que ataca a noite.

Acho legal fazer essas ligações, mostrar a diversidade das histórias. Acho que dá pra curtir numa boa o Halloween sem desprezar o folclore nacional, e vice-versa.

***

Esse não é um post patrocinado, mas acho legal fazer uma propaganda da minha loja hehehe confira através do link a seguir várias obras ligadas ao folclore: bit.ly/CHfolclore

Alô, pessoal de SP, RJ e MG! Agora dá pra comprar Natura pela internet e receber em casa. E por que eu estou falando disso aqui? Oras, por alguns motivos que listo a seguir:

Miguel usando colônia Natura Naturé

1- porque admiro a marca e colaboro sempre que posso com ela;
2- porque aqui em casa a linha infantil Naturé é um sucesso (ó o Migs ao lado usando a colônia Bem Bom Naturé);
3- e porque eu me tornei um Consultor Digital, com especialidade em crianças.

Então é isso o que eu tinha pra dizer, quem finalizar a compra vai ver uma foto fofa e uma referência nerd que preparamos para nossa página.

Ah, e antes que eu me esqueça, os leitores que comprarem em nosso espaço têm desconto de 10% no produtos da marca, basta usar o cupom “FAMILIAPALMITO, que é válido até o começo do mês que vem (só não é válido para a linha Crer Pra Ver e Moda+Casa).

Acessem a página http://rede.natura.net/espaco/rafanoris, comprem, pra si mesmas, pros maridos, pros filhos, amigos, parentes, o que for, e me ajudem a comprar o leite do Miguel husahusauhsauhsahusauahssahuasuhsa

Eu e o Miguel adoramos histórias: escrever, ler, ouvir, inventar, desenhar, o que for. Então foi uma imensa alegria quando recebemos da editora Matrix o livro em caixa chamado A Fantástica Fábrica de Histórias para Crianças, criado por Paulo Tadeu.

Pai e filho jogando A Fantástica Fábrica de Histórias para Crianças

Na caixinha vem 40 cartas, sendo que cada carta vem com um começo de história que a criança (ou um adulto) deverá continuar do jeito que quiser. A diversão é garantida!

Confira o vídeo abaixo que fizemos para o Leitura Compartilhada:

Ah, teve um episódio que fiz meio às pressas e não consegui divulgar direito aqui, um livro muito bacana do Ilan Brenman, passe em nosso canal e confira. Para não perder nenhum episódio, se inscreva nele, e se gostou, nos ajude a divulgar curtindo e compartilhando 🙂

O episódio de Leitura Compartilhada de hoje é para quebrar a imagem do dragão como uma criatura malvada, furiosa, destruidora. No livro “O Pequeno Dragão”, de Pedro Bandeira, conhecemos Dadá, um dragãozinho bem diferente desse estereótipo!

Ilustração do livro O Pequeno Dragão, de Pedro Bandeira

Num mundo bem feio, cheio de pedras, pântanos, lama e vulcões, viviam os dragões. Todos eles eram treinados desde pequenos a serem maus, mas havia um que por mais que tentasse, nem soltar fogo conseguia. Dadá é um pequeno dragão fofo que não se encaixa num ambiente desses, é zoado por colegas, reprovado pela professora e expulso do lugar!

Conheça mais sobre o livro no vídeo abaixo:

Gostou? Inscreva-se em nosso canal para receber dicas de livros infantis quinzenalmente. E não deixe de comentar sobre quais livros leu e curtiu recentemente com seu filho.

Nesse final de semana fiz mais um super passeio com amigos, namorada e filho em São Paulo. Fomos finalmente na exposição do Castelo Rá Tim Bum e depois ainda visitamos o Museu de Arte Contemporânea.

Eu e meu filho com o porteiro do Castelo Rá Tim Bum
– Klift, klaft, still, a porta se abriu!
Como era visita agendada para manhã, a aventura começou comigo acordando às 5h20 da manhã para arrumar bolsa, trocar o Miguel e pegar ônibus para Campinas, onde iria me encontrar com o pessoal da van. Chegamos às 8h40 mais ou menos no Museu de Imagem e Som e, em nem meia hora já estávamos lá dentro. 
Eu acho que estava mais excitado que o Miguel para ver a expo, pois acompanhei quase todos os episódios na infância. Para ele curtir o rolê, mostrei um mês antes vários episódios da série, pois eles estão no Youtube na íntegra no canal oficial do Castelo Rá Tim Bum
Biblioteca do Castelo Rá Tim Bum
Minha casa dos sonhos #AjudaLuciano!

Meus amores na exposição do Castelo Rá Tim Bum
Amores!

Nos encanamentos do Castelo Rá Tim Bum
Os bons, o mal e o feio
A exposição está bem legal, com roteiros originais pendurados nas paredes, desenhos dos personagens (da primeira concepção ao final), manequins deles em tamanhos reais, fantoches, cenários, vídeos. Mas o melhor mesmo é que boa parte dela é interativa, e para crianças curiosas como o Miguel (e eu), isso torna o passeio mais interessante.
Interação é fundamental para cativar crianças 🙂
Smack!
Sempre sonhei em ter uma parede giratória para entrar no meu quarto *——*
Eu, que sempre quis ser abduzido, não preciso nem dizer qual foi a parte que mais gostei, né? Era na entrada já, lá estava ele, no final de um corredor que balançava como touro mecânico, iluminado por cores frias, Etêvaldo:
Enfim, tem muito mais fotos do passeio nessa exposição, mas quero deixar um pouco de espaço para outro que nos encantou igualmente: o Museu de Arte Contemporânea da USP.
Minha nossa, 7 andares de coisas maravilhosas para ver. Do classicismo a arte contemporânea, de pinturas a instalações, todo o nosso grupo de amigos se surpreenderam positivamente. Não fazia ideia do que tinha lá além do gato gigante de pelúcia e talvez por isso tenha me encantado tanto.
Primeira foto que tiramos lá: claro que seria uma gracinha
Fiquei nele pensando como seria legal uma exposição de História Sem Fim
A parte que o Miguel mais gostou foi a instalação Transarquitetônica, uma obra gigantesca que ocupa 1600 metros e faz a gente sair da modernidade da arquitetura de Niemeyer, passar por uma parte mal rebocada e chegar num labirinto de tapume, que parece o oco de uma árvore milenar. Claro que o Miguel gostou da parte labiríntica e de correr pra me despistar.
Miguel curtindo a instalação Transarquitetônica
😛
Foto panorâmica da instalação Transarquitetônica
Transarquitetônica do MAC USP
Saca só o tamanho da coisa
Tio Ed brincando com fantoche de boi minutos antes deles serem atacados por uma sucuri
Castelo ou bunker? Ou n.d.a.?

Esse post tá muito grande e ainda tenho tanto para postar. Mas vou deixar a dica para vocês verem por si mesmos 🙂 Só digo uma coisa: ambos os passeios são ótimos para fazer sozinho ou com crianças. Tanto no MIS quanto no MAC tem obras para encantar os dois públicos. Mais informações você consegue no site deles:

http://www.mis-sp.org.br/
http://www.mac.usp.br/mac/