E o último episódio de 2016 do Leitura Compartilhada está no ar!

Ilustração de Aitana Carrasco para o livro "Gigante Pouco a Pouco".

A dica de hoje é o livro “Gigante Pouco a Pouco”, escrito por Pablo Albo e ilustrado por Aitana Carrasco, ambos espanhóis. Na obra, acompanhamos o pequeno Manuel, filho de gigantes, bem no momento da vida que ele começa a esticar, o que atrapalha sua rotina e o mete em algumas dificuldades.

Confira o vídeo onde eu e o Miguel comentamos a obra:

“Gigante Pouco a Pouco” foi lançado no Brasil pela editora Biruta e esgotou na Amazon, mas está a venda com 50% de desconto no site da editora 🙂

No começo deste mês tive a maravilhosa oportunidade de conferir, como convidado especial, os paineis da Netflix na Comic Con Experience e até agora estou tentando digerir o que rolou.

Stand da Netflix na Comic Con. via @NetflixBrasil

Eu, que não sou fã de futebol, nunca entendi a vibração e a energia que rola nos estádios, mas no Auditório do Cinemark no dia 4 desse mês, eu pude sentir essa experiência fantástica. Na abertura dos paineis, passou um vídeo mostrando cenas das séries originais Netflix e todo mundo começou a urrar e gritar e aplaudir e eu finalmente entendi o que é torcer por algo. No caso, pelas séries favoritas hahahahahaha

Foram 4 paineis e 3 vídeos que abalaram o coração de todos, vamos lá por tópicos que é mais fácil:

Sense8 – Os atores Miguel Silvestre (Lito), Brian Smith (Will) e a Tina Desai (Kala) contaram como foram as gravações da segunda temporada, como a Lana Wachowski é festeira e, o que mais paguei pau, o Miguel contou sobre como foi gravar cenas em São Paulo na Parada Gay, a importância das pessoas se aceitarem e o que tem sido para ele representar esse público nas telas (AH, ele também dançou Molejo pra gente!). Emocionante! E o mais legal, mostraram uma cena de um episódio ainda não lançado com Wolfgang e Sun, que deve ser do especial de Natal <3

3% – A série que dividiu opinião na internet foi unanimidade lá: todo mundo aplaudiu os atores presentes, Rodolfo Valente (Rafael), Bianca Comparato (Michele), Rafael Lozano (Marco), Michel Gomes (Fernando), Vaneza Oliveira (Joana) e Viviane  Porto (Aline). O público vibrou tanto com a atriz que faz a Joana que ela chegou a chorar de emoção no palco <3 eles comentaram como foi a recepção, como é sair hoje na rua e ser reconhecido, o Michel comentou bastante de como foi aprender a usar a cadeira de rodas e no final… a grande notícia de que a série vai ganhar nova temporada!

Shadowhunters – Confesso que esse não prestei muita atenção, eu não sou o público deles, que é bem teen e muito apaixonado. Aproveitei pra ir com o Migs no banheiro e comprar pipoca para o que viria a seguir…

Desventuras em Série! O painel que mais esperava, que contou com a presença do maravilhoso Neil Patrick Harris, um dos papais que mais admiro no mundo e ator espetacular, que irá dar vida ao vilão da série, o desprezível Conde Olaf. A série, como os livros de Lemony Snicket que a inspirou, é voltada ao público infantojuvenil e traz 3 crianças que perderam os pais tendo que se livrar de um terrível conde interessado na fortuna deles. A série estreará dia 13 de janeiro na Netflix. No painel, Neil deu uma prévia do que os fãs podem esperar do lançamento e contou muito sobre seus filhos, sobre como é ficar longe deles, se ele apresentaria a obra para eles, por quê, e, no final, fez uma ligação para os gêmeos, onde todo o auditório mandou um grande e barulhento e emocionado “Olá” <3

Durante os painéis, tivemos 3 vídeos, como falei acima:

 foi um recadinho especial do Stranger Things, onde o elenco mirim mandou uma mensagem explicando porque eles não puderam comparecer: estão gravando a segunda temporada o/ a Millie Brown, vulgo Eleven, até arriscou umas palavras em português.

Sério, preciso parar de novo pra dizer: nunca senti uma vibração em grupo tão forte na minha vida. Talvez só se compare com o show do Faith No More no SWU hahahahaha.

foi outro recadinho especial dos Defensores e um destaque especial para o divo Finn Jones, que irá encarnar o Punho de Ferro em nova série da Netflix. Eles liberaram uma cena de ação mega daora da série, que lembrou as melhores cenas de Demolidor. Ansiedade define!

vídeo era o que eu e o Migs mais esperávamos: pudemos assistir o piloto de Caçadores de Trolls, série inspirada no livro do Guillermo Del Toro e por ele produzida e roteirizada, que irá estrear no dia 23 deste dezembro. A história é de fantasia urbana para público infantojuvenil, sobre um garoto que é escolhido para manter o equilíbrio entre o mundo humano e dos trolls. No piloto deu pra ver que a série trará bastante temas interessantes para os pais e os pequenos, como questão de bullying, enfrentar o medo, valor da amizade, isso com muita diversão e ação, claro 😉

A Comic Con Experience prometeu ser épica e cumpriu, foi nossa primeira vez no evento e voltamos maravilhados pelas novidades da Netflix e por termos mergulhado nesse mundo nerd. Miguel quis tirar fotos com todos os cosplays que encontrava. E enquanto Caçadores de Trolls e Desventuras em Série não estreiam, já vou me preparando com os livros, que são uma ótima pedida de presente de Natal pra criançada por volta dos 10 anos. Comprando na Amazon, chega a tempo e com descontos, clique aqui para Caçadores de Trolls e aqui para Mau Começo, 1º livro do Desventuras em Série 😉

O Miguel está finalmente aprendendo a andar de bicicleta e estou mega orgulhoso <3

Meu filho fazendo joinha em cima de sua bicicleta.

Quando tirei as rodinhas da bicicleta, lá pelo 4 anos, ele praticamente não pegou mais ela e a bike ficou abandonada na chácara dos meus pais. Ano passado, ganhamos num evento do Itaú uma bicicleta novinha (#issomudaomundo) e decidi que não poderíamos abandonar esse aprendizado. Voltamos a praticar, mas ele logo desistiu, se sentindo fracassado por não ter aprendido num piscar de olhos como ele gostaria.

Aí há alguns meses tivemos contato aqui em Campinas com o Bike Anjo, eu, Migs e minha namorada fomos num evento deles onde eles fazem um mutirão pra ensinar pessoas de todas as idades a pedalar. Eles foram muito atenciosos e explicaram a maneira mais fácil de aprender.

Basicamente, ande sem rodinhas e sem os pedais (pra pegar noções de direção e equilíbrio), dando impulso só com o pé, preferencialmente em terrenos planos. Quando ficar bom nisso, coloque os pedais e treine com eles.

Agora o Miguel tem treinado na calçada de casa e é muito legal ver como ele evoluiu, saca só o vídeo do primeiro dia que ele pedalou sozinho:

E como estão as pedaladas por aí? 😀

Eu sou uma pessoa desatenta e desorganizada. Por isso mesmo, tem um assunto que adoro: foco e produtividade. Sempre estive em busca de apps, sites, artigos, livros que pudessem me ajudar, mas nunca deu muito certo. Isso até encontrar o… Habitica!

Imagem de divulgação do Habitica, ferramenta de produtividade e organização gamificado

O que é o Habitica? É um site de organização gamificado, que também tem apps para Android e iOS. Nele você cria seu personagem, escolhe hábitos que quer ganhar ou perder, coisas que você precisa fazer todo dia e tarefas que não pode esquecer. Cada vez que você as faz, de acordo com a dificuldade (as dificuldades você escolhe como trivial, fácil, médio ou difícil) você ganha experiência, itens, moedas e… a sensação de dever cumprido, claro.

Com os itens e moedas, você pode ir comprando equipamentos cada vez mais legais para personalizar seu carinha e também conseguindo mascotes mais bacanas para te acompanhar nas batalhas do dia a dia.

Saca só a tela da versão web dele:

Os hábitos podem ser positivos ou negativos, tipo: fazer caminhada (positivo) e dormir tarde (negativo). Quando você faz hábitos positivos, ganha coisas, quando faz os negativos, perde coisas e pontos de vida. Simples. Seu objetivo é ficar vivo e mais forte no jogo, mas isso também acaba se refletindo na vida fora dele 😉

Imagem com hábitos e diárias do meu filho no Habitica
Alguns hábitos e diárias do meu filho #aos6 no Habitica.

Outra coisa legal é a possibilidade de formar grupos. Depois de usar o Habitica por meses sozinho, decidi criar uma conta pro meu filho e sugerir pra minha namorada também criar uma. O jogo tem a possibilidade de formar grupos para sair em missões super engraçadas, enfrentando monstros no Pântano da Estagnação, a necromante Recaída, entre outras. Quanto mais hábitos e diárias os integrantes dos grupos fazem, mais danos são causados nos chefões, e se alguém deixa de fazer algo, todos tomam dano.

Conheço pessoas que não gostam desse tipo de sistema de recompensa, por entender que a criança poderia “viciar” em ser recompensada por fazer coisas que seriam triviais. Aqui em casa não percebi isso, já que sempre conversei com o Miguel que a recompensa é nos tornarmos melhores em algo, e não os itens dos personagens ou moedas.

O Habitica é gratuito, mas você pode ser assinante para apoiar o projeto e ganhar itens especiais (eu decidi assinar porque ele me ajuda demais). Eu recomendo muito, para pessoas de todas as idades!

Existem livros para todos os momentos, e a dica de hoje é para um momento que costuma ser desesperador para nós pais: quando o filho se machuca e ganha uma cicatriz. Nessas horas, é sempre bom ter em mãos soro fisiológico, gazes e um exemplar de A Cicatriz, livro do Ilan Brenman.

Ilustração de Ionit Zilberman para o livro "A Cicatriz", de Ilan Brenman

No final de semana passado, tivemos um acidente numa festinha de aniversário. O Miguel cortou o supercílios brincando perto de uma área com telha baixa. Passado o susto (E QUE SUSTO!), em direção ao hospital, eu e minha namorada fomos contando histórias de nossas cicatrizes para ele e isso me lembrou de uma obra escrita pelo Ilan Brenman e ilustrado pela Ionit Zilberman, chamada “A Cicatriz”. Na história, acontece a mesma coisa com a protagonista.

Assista o vídeo abaixo e conheça um pouco mais sobre o livro, que tenho certeza que te ajudará num momento desses assim como nos ajudou:

Ah, uma última coisa super importante. Eu e o Miguel queremos saber se você também tem cicatrizes e qual a história delas. Deixe aqui nos comentários para eu ler com ele 🙂

As minhas histórias de cicatriz são as mais bobas, tipo: levei ponto bem na sobrancelha quando tinha 9 anos, porque fui colocar meu irmão no berço e estava pouco iluminado, acabei batendo a minha cabeça numa cômoda. Outra, quando era ainda menor, aos 3/4anos, ganhei quando peguei Coca-Cola escondido dos meus pais na geladeira e era de vidro na época, ela caiu e cortou meu pulso direito (boatos que me tornei canhoto nessa época). Teve aquela de quando fui jogar bola e bati a cabeça na trave, de quando fui atacado por um cachorro no meio de uma guerra de mamonas na rua, etc etc hahahahahaha (só rio agora que passou).

Tá, tudo bem, talvez eu tenha exagerado com o título, não conheço muitos deles ao redor do mundo, mas com toda certeza The Land, um playground no País de Gales, é um dos mais ousados e interessantes já construídos.

Foto do playground The Land, no País de Gales.

Ao entrar no local, pode parecer que é apenas um ferro-velho de 55m², mas a verdade é que é um espaço onde as crianças podem brincar livremente, explorar suas ideias e correr seus próprios riscos enquanto se diverte. Claro, correr risco não significa negligenciar as crianças, nesse parque existem monitores que estão prontos para auxiliar caso ocorra algo que exija atenção especial, mas o plano é proporcionar um ambiente onde as crianças possam tentar, falhar, conseguir, destruir, construir.

Pessoalmente, adoro a proposta do lugar e adoraria levar o Miguel aí, talvez com essa experiência ele não teria quebrado chuveiros e outras coisas de casa sem querer. Quando eu era menor, não tinha um lugar assim, mas por haver menos controle dos pais nós mesmos criávamos esses lugares no bairro, entrando em casas em construção, fazendo cabanas no mato e coisas assim. #saudades

Talvez a experiência que mais chegue perto disso são os escoteiros, mas acho que a proposta deles são diferentes desse parque, pois um é ambiente com regras e hierarquia e o outro é mais livre (um seria ótimo complemento do outro).

Bem, chega de escrever, confira um vídeo do lugar:

E aí, você deixaria seu filho brincar num lugar desses?

Vi a dica no site Fatherly.

Prestes a se tornar pai de um menino, o cineasta David Sampliner começa a refletir sobre sua vida a partir das questões do papel social do gênero masculino, um papel que ele nunca desempenhou, já que nunca foi viril, competitivo, forte, mas sim um cara cheio de inseguranças e com uma sensibilidade mais artística. Como ele poderia educar um menino nos dias de hoje?

Imagem promocional do filme "My Own Man", documentário escrito e dirigido por David Sampliner

My Own Man é um documentário original da Netflix, lançado em 2014. A expressão “Be your own man” significa algo como “estar no controle de sua própria vida”, não permitindo que outras pessoas te digam como agir. No filme, acompanhamos David nessa busca por se libertar dos estereótipos e se aceitar, enquanto vamos conhecendo sua história, seus amigos e, principalmente, sua família.

Cena do documentário "My Own Man", original da Netflix.

Encontrei o doc super por acaso e o devorei na madrugada (único horário do dia que é meu), pois me identifiquei muito com o cineasta, que se questiona sobre a masculinidade, a paternidade, relacionamentos, que quer se encaixar num grupo, que não se dá tão bem com o pai, que é inseguro na relação com o próprio filho, etc.

A obra tem 82 minutos, com uma levada que mistura intimidade, humor e drama de um jeito bem especial. Preciso dizer que recomendo muito?! 😉

Veja o trailer:

O documentário My Own Man está na Netflix, você pode assistir clicando aqui caso seja assinante. Caso ainda não tenha assinatura, comece seu mês grátis: bit.ly/netflixassinar

E sim, este é um post em parceria com eles, porque o Família Palmito faz parte do #StreamTeam, a rede de blogueiros de família da Netflix o/

Eu sou um assíduo ouvinte de podcasts, acompanho uns 15 e sempre senti falta de um que fosse feito por pais para pais. No mês passado descobri um que preenchia esse vazio que sentia e, após uma maratona pra ouvir todos os 9 episódios, precisei vir aqui para recomendar o Tricô de Pais.

Primeiramente, para quem não sabe o que é um podcast: o podcast é um programa em áudio, feito por uma ou mais pessoas, onde se discute temas diversos. Normalmente é ouvido em celulares através de aplicativos específicos, como Podcasts (nativo de iPhones), WeCast, Podcast Addict, entre outros (eu uso o WeCast), mas pode ser ouvido pelo computador mesmo no site dos produtores de conteúdo.

Voltando então a indicação de hoje. Conheci o Tricô de Pais super por acaso no Twitter, tinha um pessoal indicando seus podcasts favoritos com a hashtag #PodcastFriday e alguém, nem lembro quem, comentou dele. Baixei o episódio piloto pra ver qual é que era, gostei e baixei mais um e quando percebi já estava baixando todos!

O podcast é feito por três pais muito bacanas, são eles Thiago Queiroz (do blog Paizinho, Vírgula), Victor Ourives e Thiago Berto e entre os temas já conversados estão: creches e escolas, como foi se tornar pai, rotina de trabalho após o nascimento dos filhos, vida social com crianças, hora do sono, entre outros. Tudo isso de uma maneira leve, divertida, com muita informação e muitas vivências pessoais (que é o que mais me atrai).

Ficou interessado? Assine o podcast deles em seu app favorito ou acesse:
http://paizinhovirgula.com/podcast-trico-de-pais/ 

Imagem de bilhete que fiz para meu filho, escrito "Espero que seu dia seja bem colorido!"

Há um mês eu e meu filho começamos um novo hábito aqui em casa, de escrever diariamente bilhetes um para o outro.

Por quê? Os motivos são simples:

  • Ele está na fase alfabética, diferenciando letras, sílabas, palavras e frases. Ser “obrigado” a ler e escrever recados, mesmo que frases curtas, melhora o processo de alfabetização;
  • Melhora a construção de frases e lhe dá ferramentas para exprimir o que sente. Nos primeiros bilhetes, ele praticamente copiava os meus, aí ele começou pouco a pouco escrever coisas diferentes e hoje já me escreve sobre fatos e sentimentos;
  • Fortalece o vínculo de pai e filho. Ao dar espaço para falar o que sente, a criança estabelece uma confiança maior e a troca de afetos cria uma ligação ainda mais forte.

Recomendo muito! E você, o que acha desse hábito? Conhece alguma outra atividade que ajude nesses pontos? O que funciona com você? Vamos continuar a conversa nos comentários 😀

Foto de Jonathan Davis, do Korn, cantando
Jonathan Davis pisando nas peças de Lego que seus filhos deixaram espalhados pelo chão

Além do fato de ser considerado uma das principais vozes do Metal de todos os tempos, Jonathan Davis é também um pai muito bacana.

A música inspirada no filho é So Unfair, mas antes de falar dela, já que esse é um blog para discutir coisas de família, quero falar da infância nada fácil do Jonathan Davis e um pouco do caminho que ele percorreu até se tornar o pai que admiro.

Bem, vamos lá. Filho de um tecladista (que chegou a tocar com Frank Zappa) e uma dançarina profissional, seus pais se separaram quando ele ainda tinha 3 anos. Ele foi morar com o pai e madrasta, sofria de asma e de constantes abusos físicos e psicológicos da esposa de seu pai. Sobre ela, ele fez uma música mais tarde, nada singela, chamada Kill You. Sem contar que mais tarde, por volta dos 12 anos, ele foi constantemente abusado sexualmente por uma babá amiga da família e seus pais não acreditavam nele, outro trauma que se tornou música, Daddy.

Jonathan teve que lidar com depressão e ansiedade desde muito pequeno e encontrou na música a sua válvula de escape durante a adolescência. Mas não foi tão simples. Fã de música new wave, gostava de usar maquiagem e era alvo constante de bullying no colégio, onde não só alunos o incomodavam com isso, mas também professores. Essa vivência virou música também, claro, e se chama Faget.

Quando nem a violência das músicas era suficiente para se sentir livre das suas dores, Davis começou a abusar de drogas, o que, claro, piorou o seu quadro psicológico. Começou a ter ataques esquizofrênicos e pânico, estava no fundo do poço e seu avô, de quem gostava muito, morreu nessa fase também. Sua vida virou um grande caos…

E foi quando ele decidiu procurar ajuda. Começou a fazer terapia, tomar antidepressivo, parou de beber, se drogar e, hoje, lida melhor com suas fraquezas, com o apoio de fãs, da família (ele tem 3 filhos, Nathan, Pirate e Zeppelin) e da música.

Contado isso, vamos pra parte de “Música para os pais” de fato? 😉

Foto de Jonathan Davis passeando com o pequeno Zeppelin.
Zeppelin com o Jonathan

A música que destaco hoje se chama “So Unfair”, como escrevi lá em cima, e é sobre as dificuldades em criar um filho com uma doença grave, como é o caso da diabetes tipo 1 que o Zeppelin tem, e a frustração que ele, como pai, sente ao ver o sofrimento de sua criança.

Em uma entrevista, ele conta sobre como foi o momento que ficou sabendo da notícias:

“Eu estava na estrada e minha esposa me ligou, dizendo que Zeppy estava cansado e ficando letárgico, e que algo estava errado. Eu cheguei em casa da turnê e nós o levamos para o hospital e explicamos o que estava acontecendo. E eles começaram a fazer exames, testes e todas essas coisas, até que eles decidiram verificar o açúcar em seu sangue, só para ver. Eu acho que o nível estava naquele momento em 290. E foi o que desencadeou uma bandeira para a diabetes tipo 1. Sua glicose estava alta. E foi quando isso aconteceu que mudou minha vida para sempre.”

Em colaboração com a JDRF, instituição que pesquisa diabetes, ele compôs em 2014 uma canção e fez campanha para arrecadar fundos para a fundação.

Confira a música e letra traduzida (por mim hahaha) de So Unfair, do Korn, abaixo:

Pirate e Zeppelin com o papai Jonathan Davis.

My son is on the prowl (Meu filho está a espreita)
What’s gonna happen today (O que acontecerá hoje?)
Sometimes I feel empty inside (Às vezes me sinto vazio por dentro)
He takes that all away (Ele é quem manda isso embora)
Feeling sorry is not allowed (Não é permitido se lamentar)
There’s times I have bad days (Há dias que fico mal)
But he is still alive and well (Mas ele está vivo e bem)
It’s all I need now (E isto é tudo que preciso agora)

Cause I can’t help (Eu não consigo evitar)
Your cards been dealt (Suas cartas foram dadas)
It’s so unfair (É tão injusto)
Your eyes (Seus olhos)
They burn me (Me queimam)
It’s hurting (Está doendo)

The tension starts to build (A tensão começa a acumular)

The torment is his prey (O tormento é sua presa)
Sometimes I feel I can’t go on (Às vezes sinto que não consigo continuar)
But I can’t run away (Mas não posso fugir)
Feeling sorry is not allowed (Não é permitido se lamentar)
There’s times I have bad days (Há dias que fico mal)
But he is still alive and well (Mas ele está vivo e bem)
It’s all I need now (E isto é tudo que preciso agora)

I can never win (Posso nunca vencer)
You will never give in (Você nunca desistirá)