Um pouco de música e separação

Querido diário,

Nada como pegar uma cerveja da geladeira do meu pai, sentar no notebook e relaxar ao som de… Belle and Sebastian? Weezer? Radiohead? Calcanhotto? Pearl Jam? Beatles? Ah, papuquepa! Minhas bandas preferidas me lembram a Fran.

Demorou para eu aprender que a sombra dos outros não me seguia pra sempre.

Não queria escrever coisas melodramáticas, cheias de auto-piedade, nem nada, mas estou escrevendo para você, querido diário, e eu posso falar como me sinto às vezes, não é? E no momento eu só queria ouvir uma música que não trouxesse à memória uma lembrança boa ou ruim dela.

Não devia ter enforcado tantas aulas na Associação Zen, talvez conseguisse uma nota melhor em Eliminação do Ego, sei lá. Mas ainda está tudo muito recente, o ego tá lá, grandão e com feridas por todo lugar.

Separação pra mim tem sido como se eu tivesse uma máquina pra voar, livre, mas ela estivesse sem combustível.

Acho que vou aposentar as bandas que eu gostava e procurar novos sons, sabe, ao menos por um tempo.

6 respostas
  1. Chá
    Chá says:

    Rafa, toda separação é ruim, mas nem toda mudança é. Cada coisa que acontece na nossa vida, seja boa ou ruim nos trará um aprendizado. E sabe o que é legal? A gente muda o tempo todo e aquele Rafa que você é hoje, não será o mesmo Rafa de amanhã. Isso significa um monte de possibilidades. A vida têm muito para te ensinar. E a parte positiva é que não só são novas músicas para ouvir, são novas pessoas e novas coisas para sentir. Aproveite a máquina de voar, você logo vai descobrir qual é o combustível para fazê-la funcionar, 🙂

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  2. @congeminemos
    @congeminemos says:

    Putz.
    Sei bem como é isso e quase noves anos de convivência deixam quaisquer duas caixinhas de CD [ou arquivos de áudio] MUITO parecidas.

    Se quiser um som novo, dá um grito. Quem sabe as minhas memórias não passem pela música. =P

    Boa sorte com isso. De coração.
    ;**

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  3. Marco A. S. Reis
    Marco A. S. Reis says:

    Achei o blog agora e estava pensando em escrever algo similar. Essa história da nave sem combustível é genial. Exatamente como se sente nessa hora. E as palavras da Chá foram providenciais. Falta um pouco de racionalidade nesses momentos da vida para juntar uma coisa na outra: certamente a vida continua, o que vem pela frente provavelmente será melhor que o passou, a próxima experiência é sempre mais interessante. Mas então por que a gente fica assim? Se algum dia escreverem um livro com essa resposta, eu compro…

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