Eu sou o personal storyteller do meu filho
Mas não sou tão bom como possa aparecer, assim na abertura do post. Sou bom para o Miguel, porque sei o que o entretém e o que o desinteressa. Não me vejo fazendo teatro de fantoches ou maquiado para um público nem nada do tipo. Por isso que inventei (ou não) essa profissão: personal storyteller. É claramente um derivado do personal trainer, só que ao invés de exercitar o corpo eu remexo minha imaginação 😀
Como exercício, fizemos uns blocos de personagens e cenários para histórias.
WTF? Imagine um bingão (eita saudades de jogar bingo com as veiaradas nos domingos). Um bingo que ao invés de arrancarmos números, mexemos na sacola e tiramos personagens e lugares aleatoriamente. É isso!
Começamos com apenas seis blocos, mas nele já tem o essencial: um ninja! |
Tiramos dois personagens e um cenário e aí o personal storyteller aqui tem que inventar uma história envolvendo eles.
Um exemplo. Tiramos a “Cachinhos Dourados” e o “Lobo Mal” como personagens e o bloco de cenário foi “Bosque“. Saca a história que saiu da minha cabeça (resumida):
Passeando pelo bosque, Cachinhos Dourados encontrou uma casa bem simples, de madeira, e esquecendo tudo o que passou com os três ursos, decidiu entrar lá e ver qual é que era. Ao abrir a porta, não encontrou ninguém. Silêncio. Sentiu um cheiro bom e foi investigar. Era um caldeirão com feijoada, e a menina decidiu experimentar um pouco. Mas quando estava quase no fim, ouviu um assovio e passos perto da casa, apavorada, Cachinhos Dourados correu para baixo da cama para se esconder do dono da casa. A porta se abriu e ela só conseguiu ver um pé peludo, e uma voz grossa e rouca gritou: “Mas que coisa, alguém invadiu minha casa e comeu minha comida!” e foi olhar se a pessoa estava no banheiro. Cachinhos aproveitou e tentou fugir, mas quando abriu a porta foi pega e flagrante e não acreditou no que seus olhos viram: ela tinha entrado na casa do temido Lobo Mal!
Como acabou só o Miguel sabe hahahahahaha
Enfim, esses bloquinhos de história são muito legais, e foi uma adaptação que fiz das story stones. Peguei imagens da internet, o Miguel pintou e depois colei em bloquinhos de MDF que encontrei jogado na loja dos meus pais.
Tem dragão, bruxa, ninja, Cachinhos Dourados, anões, porquinhos, lobo, flautista de Hamelin e como cenários tem centro urbano, bosque, caverna e castelo. São poucos itens, mas quantas combinações divertidas e loucas não dá pra fazer?!
Enfim, deixo aqui registrada minha dica para outros papais e mamães que gostem de ler e criar histórias com seus pequerruchos. E para outras dicas de criação de narrativas para crianças, confira este painel no Pinterest: http://www.pinterest.com/inspirationlabs/story-telling/ 🙂
Aposto que eu sei como a história terminou! 😀
Cachinhos Dourados, quando sentiu que o Lobo tinha agarrado um dos seus cachinhos, impedindo-a de fugir, ficou tão apavorada que involuntariamente deixou a natureza agir (natureza essa que havia sido testada ao seu limite com aquele enorme caldeirão de feijoada). Daí o Lobo, asfixiado, desmaiou fragorosamente e assim ela pôde correr de lá e deve ainda estar correndo, talvez até à procura de um banheiro bonito e limpinho para acabar de atender aos rogos da acima citada natureza! rsrsrsrsrs!!!!
Meu deus, como queria ter pensado nesse final!!!!!!!!!!!!! hahahahahahhahahahahahahaa
Não sei se é porque temos idades próximas, mas vc tem uma ideias muito doidas mano, bem parecidas com as que tenho. Lá em casa e comecei a criar histórias baseado nos brinquedos que ela pega. Tudo bem que pela idade ainda não entende muita coisa e fico com cara de porta, mas já tem começado a interagir!
E sobre o tiro ao alvo, show de bola! Brincar ao ar livre eh demais!
Grande abraço!
Não tenho dúvidas que você será um ótimo personal storyteller, já que também é apaixonado por histórias fantásticas 😀
Sobre a idade da pequena, já já ela vai curtir de montão. Eu mesmo só comecei a ler mais com o Miguel há um ano, antes era só brincadeiras mais simples mesmo, porque ele nem se prestava a me ouvir por mais de 2 minutos hahahahaha.
Rafael, muito show essa idéia!
Bom, como ainda estou na fase da gravidez, só fico imaginando estes momentos! Uma curiosidade: o Miguel (xará do meu filho) também participa da criação das histórias?
Ps: Vou inserir lá nos links do meu blog o seu ok?
Abraços!
Não é sempre, não. Geralmente eu conto tudo do começo ao fim, só às vezes ele cria algo em cima. Ele gosta mais de ouvir mesmo. Às vezes me dá um bloqueio e faço um jogo do tipo, "aí, adivinha o que aconteceu?", se ele der alguma ideia boa eu uso, senão eu me esforço um pouco mais hahahahhahahahaha
Abs!