Carta aberta ao Miguel em virtude de nosso 1º aniversário juntos

Ê laiá, hein, Miguel?! Já te parece que passou um ano?

Parece que faz um século
que te recebi em casa,
que ouvi seu choro pela primeira vez no berço que ganhamos,
que dormi mal pela primeira vez,
que soquei a parede achando que a vida havia sido injusta,
que te dei banho pela primeira vez no chuveiro,
que você dormiu entre eu e a mamãe
que troquei sua fralda cheia de cocô (a fralda cheixa de xixi parece que fazem dois séculos),
que você mijou em nossas roupas,
que você fez aquela caca na roupa da mamãe porque não coloquei direito a fralda em você,
que você teve aquelas cólicas insuportáveis (você é um herói).

Dá pra imaginar que você já foi parecido com um joelho?

Eu quando faço aniversário, quando passa um ano, dois, três, nem percebo muita diferença: são só cabelos que caem, estresse que aumenta por conta das inúmeras responsabilidades que abraço. Estranhamente, neste último ano nós fizemos muitos aniversários, meu deus, como crescemos, como mudamos. Cada semana é um aniversário quase.

Numa semana você engatinha,
na outra já anda agarrado na gente,
na outra já dança,
na outra já começa a arriscar umas sílabas,
e toda semana um dente novo.

Numa semana você come papinha, noutra dinossauros.

Numa semana somos uma família completa, noutra cada pessoa num canto. Sua mãe em Curitiba, eu em Campinas, você em Pedreira. Te juro, a separação não foi culpa sua, espero que você entenda isso quando crescer, quando você for maior me cobre esta história, te conto como esqueci de ser marido com essa vida de pai e essa minha ânsia de ser melhor no trabalho, para que você nunca se esqueça de tratar bem e dar mais atenção às suas futuras namoradas…

Mas faz parte. Esse ano foi uma muvuca, vamos nos adaptando.

Que sufoco essa vida, né? Deve ser muito melhor na barriga da mãe, mas agora não tem mais volta. E conte comigo pra qualquer coisa, você é minha única motivação pra dar sempre o meu melhor em tudo.

Te amo, palmitinho.

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Agora vamos lá curtir a festa 🙂

7 respostas
  1. Ana Bê
    Ana Bê says:

    Minha mãe mandou dizer que ela não pode mais ir pra Pedreira senão ela vai sequestrar seu filho (ela acha ele a coisa MAIS FOFA DO MUNDO!). OW, MÃE, OLHA EU AQUI ¬¬ querendo me trocar…
    Quero deixar claro que síndrome de sequestros Miguelianos não é nenhum tipo de doença genética, apenas uma tendência aqui… E não queremos resgate, só o Miguel.

    Responder
  2. Viviane Pereira
    Viviane Pereira says:

    Passa tão rápido né, Rafa?! 1, 2, daqui a pouco 3, 4.
    A primeira vez que vejo um homem dizer que ele não foi um bom marido porque se preocupou mais em ser pai. Mas vindo de vc isso não é surpresa. 🙂

    Responder
  3. Anônimo
    Anônimo says:

    Poxa! Vi sua história no programa do Pedro Bial e fui pesquisar e estou aqui lendo Blog e fiquei encantada com o Miguel. Parabens

    Responder

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