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A equação da afetividade

Quarta-feira passada eu estive na Livraria Cultura no lançamento do livro A Equação da Afetividade, do Ivan e do Iuri Capelatto.


A palestra foi ótima, foram duas horas falando sobre educação infantil, limites, raiva, psicanálise, neurologia, angústia e afeto. Sala lotada, mesmo com a chuva.

O tema era a raiva de crianças e adolescentes, explorada sobre a ótica da psicanálise e da neurologia. De acordo com eles, quando uma criança se depara com os limites impostos pelos pais, é normal (e até desejável) que elas façam birra, grite ou chore, é sinal de saúde mental. Ela não está sendo mal-educada, mas reagindo ao medo de perder um prazer que ela estava usufruindo.


Às vezes a depressão infantil está ali onde a gente só vê uma criança obediente, "boazinha".

Outra coisa que eles enfatizaram bastante foi a questão do desejo dos pais na hora de pôr um limite. Não se deve explicar na hora do limite o porque dele estar sendo colocado, e se o filho perguntar o porquê, a resposta deve ser um simples "porque não", "porque eu não quero". Na hora da imposição de um limite, a criança saber o motivo não ajudará em nada, aliás, a explicação pode até criar um desejo paradoxal (o medo produz aquilo que temos medo). O ideal é trabalhar essas noções em outros horários, através de histórias e fábulas.


Para mim, a coisa só ficou meio boring quando eles começaram a falar sobre a sociedade de hoje, de como ela está doente e com valores invertidos, coisa e tal. Achei conservador, mas.

Enfim, pra quem não foi, gravei um trecho, com o Capelatto-pai explicando A Equação da Afetividade. Confiram: